O FADO OU A ENGENHARIA DO DESTINO

Ponto 1 e primeiro ponto, antes de mais e para começar: podia pedir desculpas ou mesmo explicar-me, podia arranjar explicações ou mesmo desculpar-me, mas não. Porquê? Boa pergunta. Porque não. Melhor resposta.

A verdade é que deixei a meio um blog meio cheio. De repente, do nada, sem avisar, sem amortecer, sem travar. A vontade de escrever abandonou-me no momento em que o Regresso passou a ser um objectivo real e concreto. Tudo terminou naquele terminal, e eu voltei a casa, à minha cidade natal, ao leme do meu barco, ao cheiro da minha roupa, à musica dos meus ouvidos, à capital do meu mundo e às palavras espontâneas, impensadas, intempestivas... Voltava à Arte Tuguesa de viver na Espuma do Tempo, no Limiar da Vontade, no "Eu faço logo penso".

Partilhar fez sentido quando vivia no Império do Tédio. O escrever, o descobrir, o dar a conhecer, guardar curiosidades e imagens e impactos e sentimentos e pensamentos em grandes e pequenos lamentos. Deixei de reparar, opinar e relatar quando já não me sentia lá, quando tudo o que era e pensava estava cá. Deixei de escrever porque o que via me doia, no dia que comecei a perder tudo aquilo que me fez ficar.