O FESTIVAL (À AGRICULTUNA)
Um festival, 7 tunas a concurso. Entre elas, uma tuna portuguesa. Grande Tuna. Enorme responsabilidade.
Há várias maneiras de descrever a passagem da AgriculTuna por terras de Córdoba:
- Gastronómicamente: "Até os comeram."
- Históricamente: "Em 1147. D. Afonso Henriques conquista Lisboa. Em 2005, AgriculTuna conquista Córdoba. É a expansão do Condado Agricultunense."
- Meteorológicamente: "Mais desvastador que Katrina, o furacão AgriculTuna arrasa Córdoba."
- Matemáticamente: "2 corações partidos em 4 dias, dá uma média de 0,5 corações partidos por dia."
- Botânicamente: "Há dois anos, a AgriculTuna, tuna do Oeste Agronómico, tinha um sonho: ganhar um prémio num festival. Não interessava qual o prémio, qualquer prémio bastava. Ou pelo menos não ficar sempre em último. Mas não era por isso que deixavam de se divertir, tocar e cantar de alma e coração, umas vezes por profissionalismo, outras vezes por simples amor à camisola.
Certo dia, apereceberam-se que o sucesso é uma como uma planta. Se não se regar com trabalho não nasce, e se não estiver exposta à dedicação não cresce. Então começaram a regar cada vez mais, a trabalhar o solo e a escolher os melhores nutrientes para o rebento de AgriculTunus spp (Sarmento, 2005). A planta começou então a crescer a olhos vistos e tornou-se um espécimen exemplar. Outros botânicos de renome, que sempre pensaram que esta espécie estava condenada à extinção, reconheceram finalmente o seu valor, e apoiaram a sua propagação in e ex situ."
Quando não se tem planta para regar, é mais divertido. Quando a planta nasce, é demasiado frágil. Quando a planta cresce, é motivo de orgulho. Quando a planta se desenvolve e é reconhecida aos olhos dos outros, chega a responsabilidade de a manter forte e vigorosa, nobre e frondosa.
Do mesmo modo, a AgriculTuna é uma planta que todos ajudámos a plantar, regar, alimentar e manter. Porque a vimos quando ainda era só um rebento, sabemos o que passou para chegar ao estado adulto, e neste contexto a nossa planta é sem duvida a melhor e a mais altiva. Mas em Córdoba, apercebi-me que se calhar esta espécie, a muy nobre e ilustre Agricultunus spp, não é uma simples herbácea. O mais provável é ser uma pequena árvore que começou agora a crescer. Que outra explicação pode haver, se só três prémios não chegaram para a satisfazer?